Estudando para provais orais – você e sua memória

Olá, amigos.

Estou de volta com uma dica que é mais uma reflexão para nos dar confiança antes de provas, em especial antes dos exames orais.

Como funciona a nossa memória?

Sinceramente, do ponto de vista biológico, eu não sei. Mas sei que a minha memória não é daquelas privilegiadas, como a de raras pessoas que parecem capazes de se lembrar de tudo.

O certo é que quando associamos eventos cotidianos ou outras informações e sentimentos marcantes, fica mais fácil recordar. Há quem diga que até mudar de cômodo de estudo ao longo do tempo é algo que favorece a memória.

Porém o que importa, agora, é que na vida de concurseiro jurídico a tarefa de se lembrar das informações pode se tornar um grande dilema, porque a quantidade de conteúdo que precisamos conhecer parece não ter fim. São termos novos, invenções doutrinárias – nem sempre úteis – decisões judiciais para todos os gostos e tribunais…

Mas vamos ao que interessa: e se a memória falhar em plena hora de se responder uma pergunta na prova oral?

Em primeiro lugar, não se esqueça de que qualquer pergunta te dá a chance de associar ideias adjacentes, ainda que você não saiba “de pronto” o cerne da questão levantada. Ali, na hora, a pergunta já está feita e o silêncio não te dará pontos. Portanto, se der aquele branco, é hora de começar a articular um raciocínio, nem que seja por meio dessas “beiradas”.

Mas o que quero frisar é que a nossa memória pode até se esquecer ou não ter lembranças muito precisas, mas dificilmente “mentiria” para nós. Ou seja, às vezes, após ler a pergunta que deverá responder oralmente, você tem uma impressão muito vaga, uma lembrança que parece um feedback de filme, cheio de gelo seco, e isso te dá insegurança. Porém…

Porém, pense comigo: o que te parece mais provável? Que essa lembrança vaga seja uma verdade distante ou uma falsa lembrança, algo como seu cérebro mentindo para você mesmo?

Na prova oral você não tem mesmo muito tempo para pensar. Então pegue aquela lembrança vaga, acredite nela, passe segurança ao examinador e comece a margear o tema. Você se surpreenderá ao ver que, colocando sua mente em movimento, as coisas podem ir se tornando bem mais claras e, de repente, você já está tranquilo em ter recordado o que precisava. Você vai entrando na pergunta, permitindo que as coisas fluam naturalmente e foge do único comportamento que te levaria à reprovação: a inércia.

O fato é que o sistema jurídico brasileiro está nos transformando em sacos de guardar jurisprudência. Se dormirmos por 6 meses talvez ao acordar já nos sentiremos dinossauros.

Mas a hora não é de divagar sobre esses problemas. O momento reclama apenas compreensão com a nossa memória, porque ela é nossa “parceira” na hora da prova e não tem culpa de ter que guardar tanta coisa em seus “arquivos”. Tenha paciência e mantenha a calma enquanto ela faz a sua busca.

Portanto, se o “branco” aparecer, saiba dar um tempo para a cabeça procurar, inicie a resposta calmamente, lembre-se que mostrar desenvoltura é algo que já te dará pontos suficientes e não permita que o nervosismo torne a busca da informação ainda mais turva.

E nunca se esqueça: eu sei que jogamos as nossas vidas numa prova oral. Mas não é a pergunta final do Show do Milhão, que aceita apenas uma simples e precisa resposta. Você tem várias perguntas e quesitos para pontuar e até mesmo diante de um conteúdo nebuloso você pode se sair bem, demonstrando capacidade de articulação, domínio do vernáculo, enfim, os outros itens que estarão sendo avaliados.

Portanto, a dia é essa: acredite em você mesmo, mas sem soberba. E na hora da prova tempere sua postura à moda grega: entre a covardia e a temeridade, escolha a coragem.

Denis França

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