Olá a todos(as) os(as) concurseiros(as)!

 

O meu nome é João Paulo Cachate, ex-aluno do EBEJI no curso preparatório para a carreira da Defensoria Pública da União, durante os anos de 2013 a 2015.

 

Agora falo a vocês como futuro Defensor Público Federal, aprovado na prova oral do mais recente V concurso para ingresso na carreira de membro da Defensoria Pública da União.

 

Para ser membro da Defensoria Pública da União é preciso fazer um concurso público com 5 fases: 1ª fase objetiva (200 questões); 2ª fase subjetiva (4 questões abertas, 2 dissertações e 2 peças processuais); 3ª fase oral (4 bancas examinadoras arguirão cada candidato com perguntas e reperguntas sobre civil, processo civil, consumidor, administrativo, penal, processo penal, trabalho, processo do trabalho, previdenciário, princípios institucionais da defensoria pública, constitucional, internacional e humanos, totalizando 13 matérias e aproximadamente 16 questionamentos); 4ª fase (prova de títulos) e 5ª fase (investigativa/sindicância da vida pregressa).

 

O V concurso foi considerado um dos mais difíceis da DPU. Quem fez 50% de acertos líquidos na prova objetiva ficou entre os primeiros colocados (minha nota na objetiva ficou entre as 50 melhores do Brasil); somente 0,7% dos inscritos conseguiram passar para a prova oral (antes dos recursos), ou seja de 13.000 inscritos somente 92 pessoas conseguiram essa “proeza”.

 

Pois é meu caro(a) amigo(a), entretanto, para chegar aqui, foram 13 reprovações nos mais diversos concursos desde 2007! Repito: 13 reprovações em concursos de grande porte como esse. Preciso deixar claro que todas essas reprovações foram por culpa única e exclusivamente minha: excesso de afazeres pessoais; estudo de maneira errada; não esgotamento do edital; perda de foco; preguiça; comodismo com o atual cargo que exerço; querer fazer todos os concursos que iam “abrindo” etc. Ou seja, de meados de 2007 a meados de 2013 (quase 6 anos!!!) levei os estudos com a “barriga”, sem compromisso com a causa! Resultado: 13 reprovações!

 

Chegou dado momento que eu gritei (literalmente!): “CHEGA!!! Tô cansado de tanta derrota… Preciso saber o que quero e focar nisso”. Lembro-me desse dia como se fosse hoje! Eu estava mais uma vez constatando minha derrota na 1ª fase de mais um concurso público; fiquei arrasado e voltei do trabalho para casa com lágrimas nos olhos…

 

Porém, esse “surto” me despertou! Foi quando comecei a estudar da maneira correta (a partir de meados de 2013), com muito mais foco, disciplina… Nesse momento passei a conhecer o EBEJI e o incorporei, definitivamente, na minha rotina diária de estudo.

 

Sempre tive muito receio de participar de grupos de estudo. Pensava que não daria certo, que eu renderia mais estudando sozinho, etc, etc. Ledo engano! O estilo do grupo de estudo do EBEJI é diferenciado e me ajudou muito por diversos motivos:

 

a-) a preparação é ampla, envolvendo questões objetivas (abordam todos as matérias do edital), questões subjetivas (com o mesmo viés do dia da prova) e peças/dissertação (simulando o dia a dia do defensor e o que pode, ou melhor, vai cair na prova!);

 

b-) é um verdadeiro mergulho na carreira, conhecendo estilo de pensar do órgão, as principais teses, as principais peças;

 

c-) a qualidade do material é de excelente nível, com uma visão bem aprofundada, eclética e direcionada da carreira escolhida!;

 

d-) todo o material das questões objetivas e subjetivas ainda te ajudarão, como de fato me ajudou (e muito!), no estudo para a prova oral.

 

Fiquei como aluno do EBEJI por quase 2 (dois) anos. Durante esse tempo, outras 3 reprovações vieram, mas na Defensoria Pública Federal de 2015 eu sai vitorioso! Veja que com o norte certo o sonho se consolidou em menos de 2 anos (de meados de 2013 até hoje), com muito menos reprovações!

 

O que eu quero transmitir a você com tudo isso:

 

a-) Tenha certeza daquilo que você quer! A falta de foco atrapalha a jornada do concurseiro, pois são inúmeros concursos abertos todos os anos, com um monte de matérias para serem estudadas. Resultado: estudo “meia-boca” para o concurso X + estudo “meia-boca” para o concurso Y + estudo “meia-boca” para o concurso Z = reprovações em todos!!! E o ciclo se repete ano a ano, até alguém desistir dessa vida “sofrida” de concurseiro…

 

b-) É muito mais fácil, e ao mesmo tempo dificílimo, focar em um concurso só! É preciso resolver os dilemas internos (qual carreira seguir, por exemplo); esperar o mesmo concurso “surgir” de 2 em 2 anos ou de 4 em 4 anos, e enquanto isso ficar estudando, ou pelo menos tentando…; tentar ganhar a vida e dinheiro enquanto isso, seja com outro concurso, ou com um emprego na iniciativa privada… Enfim, é complicado!!! Sei bem disso, pois fui vítima desses e de outros “monstros” que nos assolam na jornada concurseira. Entretanto, focar em uma só carreira pode fazer com que a vitória chegue em muito menos tempo!

 

c-) Sua quantidade (às vezes imensa!) de reprovações faz parte da caminhada nos concursos públicos! Isso não mede sua inteligência. Apenas mostra friamente onde você deve melhorar e onde você precisa manter… A prova é um raio-x de nosso desempenho; precisa ser estudada friamente para se retirar lições para as próximas! Eu mesmo tive mais reprovações do que muito de vocês, pode ter certeza. Mas, lembre-se: basta apenas uma aprovação!

 

d-) Diante das inúmeras reprovações, sentir medo, desânimo, frustração, incompetência, vergonha, fraqueza, serão “normais”. Tais sentimentos estarão sempre ao lado dos concurseiros. Eu já os senti… Eles passarão! Basta apenas não sucumbir a eles….

 

e-) Ao longo da jornada o “primeiro amor”, entusiasmo e força vão se esvaindo. Daí surge o medo de nunca passar e ficar tentando, tentando. Se isso acontecer (e vai!), lembro você que o cansaço tira o brilho do nosso olhar, faz nossa visão ficar turva, faz o sonho parecer tão distante e impossível… Mas nada disso é verdade! O cansaço nos entorpece! Precisamos tirá-lo da nossa vida e para isso, desacelerar é preciso, aliás é necessário. Então, descanse, tire um momento de folga! Relaxe! Mas não “largue” de vez os estudos!

 

f-) Sair da inércia é doloroso; após sair, os primeiros passos são fáceis, difícil são os últimos! Quando você estiver avistando a linha de chegada, “surgirá” uma barreira invisível e psicológica que tentará tragá-lo e impedi-lo de prosseguir… Mas lembre-se a chegada está bem ali, basta manter-se em movimento (keep moving!). Não receie andar devagar, temas apenas ficar parado! Mantenha-se em movimento….estude devagar, mas estude!

 

g-) Muitas vezes, na ânsia de bater o cronograma não exercitamos nosso intelecto resolvendo questões e por não exercitarmos não assimilamos direito o conteúdo. Devemos saber que fazendo as mesmas coisas, obteremos os mesmos resultados. Para passar em concurso é preciso treinar, treinar e treinar. Não pode (aliás, não deve!) somente entrar conhecimento, é preciso sair também. Um jogador somente estuda o outro time? ou ele também treina? Simples não! Você precisa passar a resolver questões, Muitas questões!!!!!! Dê preferência para a instituição que você mais faz prova… CESPE, FCC, etc. Aqui entra o EBEJI, ajudando você, semanalmente, com questões objetivas, subjetivas e peças!

 

h-) Mais importante do que estudar muito é estudar com qualidade! Muitas pessoas me perguntaram e ainda perguntam: “Quantas horas eu devo estudar por dia?” A resposta a esse tipo de pergunta é extremamente inútil e muito nociva, trazendo mais malefícios do que benefícios. Tudo irá depender do seu estilo de vida, isto é: trabalho, família, casamento, nível de aprendizado, nível de absorção, etc, etc. Veja o meu caso: trabalho 7 horas por dia no MPF; dou aula 3 vezes por semana + preparo material para dar aula + faço apostilas; dou palestras de vez em quando; sou escritor de artigos jurídicos para algumas revistas especializadas; sou casado; tenho cargo na minha igreja e preciso estar presente, no mínimo, 2 vezes por semana na igreja, etc. Diante de tudo isso, minha média de estudo por dia variou a cada ano. Quando resolvi estudar de verdade, ficou assim: em 2013, estudei aproximadamente 668 horas/ano, com uma média de 01h50m por dia. Em 2014, estudei 849 horas/ano, com uma média de 02h19m por dia. Em 2015, já são mais de 420 horas de estudo, com uma média de 04h00m por dia. Veja que para muitos concurseiros essa quantidade de estudo diário é demasiadamente pequena; mas foi com ela que fiquei dentro do número de vagas previsto no edital da Defensoria Pública da União!

 

i-) Mais importante do que saber tudo é saber o que cai! Estou plenamente convicto disso. Não sei de tudo e estou muito, muito, muito longe de saber. Ainda tenho muito o que aprender em todas as matérias, inclusive na que eu dou aula (Direito Administrativo). Por isso, estou constantemente me atualizando e aprendendo novos assuntos. Porém, eu estava antenado com o que vinha caindo em concurso e não perdia tempo estudando outros assuntos. Sendo assim, vá direto à fonte! Para a DPU, a fonte é o EBEJI!

 

Essas são algumas lições que eu queria passar para vocês! Existem outras tantas, mas que em outro momento oportuno eu falarei aqui no blog do EBEJI.

 

Em suma, eu acredito em cada um de vocês! Se eu obtive 5 (cinco) aprovações em concursos públicos, você também pode obter. Se eu alcancei o sucesso, você também pode alcançar. Acredite! Lute! Sonhe… Eu cheguei onde queria… você também chegará! Pague o preço que for, custe o que custar, continue na batalha e vença essa guerra!

 

João Paulo Cachate