A minha história com a Procuradoria Geral do Município teve início quando do primeiro dia de estágio. Ingressei na PGM Natal como estagiário e, após o término do contrato, fui nomeado para assessorar à Procuradoria Patrimonial e do Meio Ambiente. A paixão pela Advocacia Pública foi só aumentando, até que a partir de 2009 começaram a tomar posse os aprovados no último concurso para Procurador da PGM Natal/RN. Com feito, o convívio com os recém aprovados me mostrou que era possível ser um Procurador, mesmo com pouco tempo de formado. À evidência, o estudo diário era algo que eu deveria colocar em primeiro lugar. Do contrário, não conseguiria minha aprovação.
Assim, depois de muito pensar, e já no final de 2012, resolvi pedir minha exoneração. E aí, meus amigos, comecei os estudos para ingresso na Advocacia Pública. Iniciei pelas matérias que mais tinha afinidade: Constitucional, Administrativo, Urbanístico e Ambiental. Essas matérias formavam (e ainda formam) a espinha dorsal das provas de PGM. Era a base e sobre a doutrina delas eu me debrucei. A obra de Dirley da Cunha Jr., por exemplo, fora lida de frente para traz, de traz para frente. Leitura de capa a capa. É verdade que “perdi” tempo, mas assuntos como Teoria da Constituição, História das Constituições e Poder Executivo ficaram em minha mente até hoje. O primeiro ano foi duro. Muito cansaço, mas muita determinação. De fato, eu sabia que estava à frente de muitos bons candidatos por um motivo: eu sabia para que cargo estudar! Já sabia que tipo de prova iria enfrentar. Enquanto inúmeros colegas faziam as mais variadas provas (Magistratura, Analista, DPE, Advocacia Pública, etc.), eu me concentrava somente na Procuradoria do Município.
Ainda durante o primeiro ano de estudo viajei para fazer provas de PGM. Mesmo sem conseguir completar o edital, eu viajava. Ia lá e fazia a prova, de sorte a treinar minha ansiedade (que era muita e sempre me atrapalhava bastante, acreditem!), o tempo despendido para realização da prova e outros aspectos que eu só conseguiria aprimorar se, de fato, fosse fazer a prova, a exemplo do que se observa quanto à alimentação, hora de dormir no dia anterior a realização do certame, o que estudar na última semana, etc.
Eis que ao término de 2013 eu me vi reprovado em tudo que tinha feito. Entrementes, algo de bom foi constatado: minhas notas estavam em uma escala crescente e eu terminara o primeiro ano de estudo “batendo na trave”, como se diria no adágio popular.
Mas a aprovação me faltava. Então resolvi ligar para os colegas da PGM Natal/RN (que até então tinham passado pelo caminho que agora eu estava enfrentando) e três deles me indicaram a EBEJI. Foi então que corri para internet e fiquei fascinado pelos cursos, rodadas, pelos artigos e, principalmente, pelos informativos fazendários. Então pensei comigo mesmo: este é o curso! Até porque tem um professor que respira a Fazenda Pública em Juízo e é aqui que eu vou ficar! Então, coloquei a EBEJI nos meus estudos diários, até que avancei na fase seguinte da prova da PGM Cuiabá, já em 2014.
Com isso, fiz o curso da EBEJI próprio para segunda fase daquele certame. Aprendi, à época, a pensar como Procurador. A mostrar para o examinador que eu, a par de ser um mero candidato, já era um Procurador no momento em que estava formulando minha resposta. Os aspectos formais das peças propostas pelo curso foram imprescindíveis para alcançar pontos preciosos na prova subjetiva, afinal de contas, eu nunca tinha feito uma reclamação constitucional, por exemplo.
É meus caros, reprovei neste concurso, não pelos aspectos formais, mas por um erro de direito em uma questão. Um erro que eu não cometeria se tivesse raciocinado como a Banca examinadora raciocinou. Mas como isso seria possível? Como saber o raciocínio da Banca? Como saber o que ela espera? O que tem no padrão de respostas?
Continuei os estudos, quando, no ano seguinte, fui aprovado em quarto lugar para Advogado da Petrobras Distribuidora S.A (hoje estou aguardando a nomeação) até que apareceu o concurso da Procuradoria Geral do Município de Goiânia – PGM GYN. De fato, a PGM Goiânia iria ser meu primeiro concurso. É que o primeiro edital fora lançado em 2012, mas por questões alheias ao propósito deste relato, o concurso fora suspenso e posteriormente cancelado. Eis a chance de ouro, agora no final de 2015, mas, antes de tudo, eu precisava urgentemente descobrir o que pensava o examinador de uma Banca de PGM.
Prova Objetiva:
A prova objetiva sempre foi meu “calo’. Por isso, minha estratégia de estudo tinha que ser impecável para este concurso. Foi aí que elaborei um cronograma semanal de estudo – o mensal eu achava mais fácil de não ser cumprido – incluindo leitura aos sábados e domingos. Como já tinha um certo tempo “de estrada”, alternava as matérias a cada três horas e sempre (sempre mesmo!) fazia muitas questões. A legislação municipal era tema que diariamente estudava. Imprimi todas as leis, porque percebi que a leitura pelo computador me deixava disperso. Com as leis impressas, eu conseguia fazer anotações e riscar inúmeras vezes o mesmo artigo, se necessário fosse. Apesar de parecer besteira, isso me ajudou bastante na semana da prova, porque eu já sabia o que revisar (era só olhar o artigo que estava bastante riscado).
O celular eu desliguei durante toda a preparação para o certamente. Foi uma decisão radical, mas que hoje não me arrependo. Comprei um chip pré pago e só disse o meu novo número aos meus pais e a minha namorada. Nada de whatsapp com os amigos. Como disse, a decisão foi radical, mas todos entenderam.
No que diz respeito as matérias atípicas (como história e geografia) eu não as estudei com antecedência, de forma que preferi aprofundar os temas nas duas últimas semanas da prova, momento em que aumentei a leitura de lei seca, alternando os assuntos para não ficar muito cansado.
Chamou-me atenção, contudo, o fato de começar a ficar muito nervoso durante a minha preparação, e foi então que comecei a ler todo dia, antes de dormir, as peças e os espelhos das rodadas do curso EBEJI PGM Cuiabá. E isso porque, quando da leitura, eu me sentia um Procurador, de tal forma que isso me animava, me relaxava e o mais importante: me dava forças para continuar estudando no dia seguinte. É incrível o poder que a EBEJI tem ao conseguir fazer com que seus alunos já se sintam um Advogado Público durante a caminhada até a realização da prova.
Pois bem, passei na prova objetiva entre os quarenta primeiros colocados. Foi então que, uma vez mais, entrei em contato com a EBEJI, agora para saber se a Escola iria montar um curso específico para a segunda fase da PGM GYN, recebendo como reposta – e para minha felicidade – um sim!
Prova subjetiva:
A EBEJI me enviou semanalmente duas peças e duas questões, incluindo um parecer na última rodada. Eu fiz o curso completo, elaborando minhas respostas e estudei (sim, não apenas conferi, EU EFETIVAMENT ESTUDEI) o padrão de resposta da EBEJI, para entender como funcionava uma correção de uma prova subjetiva. É que os aspectos formais eu já tinha aprendido com no curso para PGM Cuiabá. Já o direito material, por sua vez, só dependia de mim (dos meus estudos), de forma que, o mais importante, agora, era compreender a cabeça/raciocínio do examinador, obtendo, assim, prontos preciosos na prova, de sorte a não repetir o mesmo erro ocorrido em outras provas subjetivas.
Foi aí que a EBEJI fora fundamental no concurso da PGM GYN! As correções das rodadas foram impecáveis. Os professores comentavam todos os aspectos que eu ventilava nas respostas e ao final disponibilizavam um resumo de direito material acompanhado de jurisprudências sobre o tema proposto.
E assim eu estudei todos os espelhos. Compreendi como funcionava a distribuição de notas, o que era mais importante a ser ressaltado na tese jurídica, como elaborar uma boa conclusão na questão subjetiva, enfim, entendi como o examinador de uma banca de PGM pensava. Como resultado, veio a minha aprovação dentro do número de vagas.
Registre-se, ademais, o fato da EBEJI ter acertado não só a peça cobrada no concurso (o que por si só já é um grande feito), mas também a questão de Direito Administrativo. Lembro-me, como se fosse hoje, a mensagem que enviei ao professor Ubirajara Casado informando que a EBEJI tinha acertado tais quesitos e que eu os tinha treinado bastante nas rodadas do curso.
Ademais, uma coisa interessante aconteceu comigo. Em uma das rodadas, a EBEJI exigia que aluno datasse a peça no último dia do prazo. Todo mundo que faz concurso sabe contar um prazo processual, acontece que na hora da prova nem todo mundo (incluindo os melhores candidatos) acerta tal exigência proposta pela Banca examinadora. É que, por muitas vezes, as questões são elaboradas de forma a confundir os candidatos. O fato curioso é que na semana da prova, revisando minhas rodadas e vendo que eu não tinha datado a peça como exigido pela EBEJI, resolvi mandar uma mensagem para Ubirajara Casado pedindo que ele me esclarecesse a questão da contagem do prazo na peça processual. Na mesma hora Ubirajara me inteirou sobre o tema, de tal forma que, para minha sorte, a Banca da Procuradoria de Goiânia exigiu isso na peça processual e eu terminei acertando. Lembro, ainda, o desespero de alguns colegas candidatos, já no aeroporto, comentando que tinha errado a data na peça. Nesse momento senti orgulho de ter estudado na EBEJI.
Conclusão:
Percebam, amigos, que só o estudo não é suficiente. A estratégia e um curso para nortear o candidato são fundamentais. O sonho em ocupar O SEU cargo público também é imprescindível. Não aconselho ninguém a sair por aí fazendo concursos sem saber o que, de fato, deseja para sua vida profissional. Para mim, o candidato tem que saber qual cargo tem mais vocação para seguir carreira. O sonho em ocupar um cargo público específico ajuda bastante o candidato, notadamente para afastar eventuais comentários negativos sobre a carreira pretendida. Eu mesmo já escutei de tudo quando dizia que ia viajar para fazer uma prova no município “x”, mas o sonho em me tornar Procurador do Município fez com que eu não desse ouvidos aos comentários negativos dos outros, pelo que consegui realizar meu sonho pessoal.
Então é isso, amigos: sonho, estudo, estratégia e treino.
Obrigado EBEJI, principalmente Ubirajara Casado e Caio Souza!
Avante e bons estudos!
Wellington Fernandes
Aprovado para Procurador do Município de Goiânia/GO
Aprovado para Advogado da Petrobrás Distribuidora S.A
Classificado em 26º lugar na Procuradoria do Município de Joinville/SC
Aluno da EBEJI
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