Elielson foi aluno da EBEJI nos cursos de 2a fase e prova oral para a DPU.
EBEJI
Meus amigos, senti a necessidade de falar um pouco da minha preparação para concursos, principalmente como consegui lograr êxito no concurso da Defensoria Pública da União (como foi conjunta a preparação, também tangenciarei a preparação para a Defensoria de Pernambuco). Lembro-me de como foi importante para mim ouvir histórias de aprovados. Pude, com isso, montar o meu próprio estilo, a fim de conseguir melhores resultados. Não quero que vejam meu depoimento como algo acabado, a fórmula para isso ou aquilo, até porque continuo estudando. Minha preparação não acabou. Quero apenas servir de norte para aqueles que ainda não se encontraram ou mesmo para aqueles que estão começando agora.
A preparação para concursos não é um caminho fácil. Temos que abdicar de muitas coisas em prol desse objetivo. Nesse caminho, não são poucas vezes que nos desanimamos. O importante é não desistir. Seja inteligente para extrair os pontos positivos das derrotas e decepções. Sempre há algo a se aprender diante dessas situações.
Nunca deixem que as pessoas te façam desacreditar dos seus sonhos. Tenham fé em Deus que seus sonhos virarão realidade. Não tenham medo das barreiras que terão de vencer. Sejam fortes. Tudo é possível para quem crê. Posso dizer que enfrentei muitas adversidades, mas com muita fé consegui superá-las.
Sou natural de Arapiraca/AL onde vivo desde que nasci. Meus pais são pequenos agricultores e me ajudaram da forma e com o pouco que podiam, e esse pouco foi muito para mim. Graças a eles, consegui todos esses objetivos. Mesmo eles não tendo instrução educacional (não estudaram), deram a mim tudo que eu precisava para trilhar meu caminho. Se eu fosse contar tudo que eles fizeram, faltariam linhas para escrever.
Sempre estudei em escola pública (até o ensino médio), e isso não foi um obstáculo intransponível para mim. Todavia, não posso deixar de criticar quem, infelizmente, pensa que “só depende de você conseguir ser aprovado em vestibular/concurso”. Não é bem assim. A precariedade do ensino público desemboca nos baixos índices de egressos de escola pública que conseguem galgar esses concursos mais estratificados, isto é, mais elitizados. Infelizmente, vivemos em um abismo social, fruto da inércia estatal no desenvolvimento do ensino público brasileiro. A educação deveria ser enxergada como o centro das prioridades estatais. Colocar apenas no indivíduo a responsabilidade pelo seu sucesso ou o seu fracasso é a forma mais fácil de tirar a responsabilidade do Estado.
Vamos ao tema central deste depoimento.
DO MÉTODO DE ESTUDO
Vou falar como passei na Defensoria Pública do Estado de Pernambuco e na Defensoria Pública da União.
Neste momento, vou me dedicar a falar sobre a preparação para esses dois concursos, pois foi onde apliquei um método que, para mim, deu certo. Já passei em concursos de nível médio, mas sem me atentar muito para essas coisas de método de estudo. Estudava como a maioria estuda: ter um bom material, normalmente resumo, e ler e reler esse material. Levava o conhecimento como um processo de “osmose”, vale dizer, queria aprender uma matéria só pelo fato de ler, reler, ler, reler, sem que me preocupasse a respeito de gastar energia para memorizar ou mesmo pensar em uma forma de preservar por mais tempo o aprendizado.
Esse método comum, embora, a meu sentir, seja de baixa eficiência, também proporciona aprovação em concursos nos quais haja pouco conteúdo a estudar, se comparado a concursos mais exigentes. Foi desse jeito que consegui ser aprovado no concurso do IBGE (temporário), SMTT de Arapiraca (agente de trânsito), INSS (técnico do seguro social) e TRF-5 (analista judiciário). Foi também com esse mesmo método que fui reprovado em tantos outros concursos.
Só para ter uma ideia de como o método acima é pouco eficiente, pense nas matérias exigidas no concurso para Defensoria Pública da União. Vou relacioná-las e depois pense se tem como aprendê-las em médio prazo sem ter um método mais eficiente. Vamos lá. Grupo I: direito administrativo, direito civil, direito empresarial, direito do consumidor, direito processual civil e direito tributário; Grupo II: direito penal, direito processual penal, direito penal militar, direito processual penal militar e direito eleitoral; Grupo III: direito do trabalho, direito processual do trabalho, direito previdenciário e da assistência social e princípios institucionais da Defensoria Pública; Grupo IV: direito constitucional, direito internacional, direitos humanos, filosofia do direito, noções de sociologia jurídica e noções de ciência política.
Tem como estudar essa vastidão de matérias de qualquer forma, apenas lendo e relendo? Para mim, não tem. É preciso ser técnico. Por isso, vou contar como passei a estudar com técnica, ou melhor, de forma mais racional. Diga-se de passagem, se para concursos mais exigentes é eficiente, quiçá para concursos com menos matérias!!! Portanto, quem está estudando para nível médio também pode se servir dessas experiências, com as devidas adaptações.
Pois bem. Analista Judiciário é o cargo que ocupo atualmente e foi exercendo minha função na Justiça Federal que me dei conta que precisava de um método melhor de estudo. Vi que, para lograr êxito em concursos mais exigentes, precisava absorver muito mais informações (não que analista judiciário não seja exigente, mas a forma de abordagem dos conteúdos é diferente). Informações estas que deveriam ser muito mais refletidas. Dei-me conta disso quando, pensando em fazer concurso para magistratura, peguei provas de sentença de concursos anteriores e vi que não sabia responder. Para iniciar uma resposta, tinha que ter a ajuda do velho google para fazer um simples esboço da resposta. Daí pensei: eu ainda não atingi um nível de conhecimento que me proporcionasse responder esse tipo de prova (obs.: tinha dúvida se algum dia iria atingir – estava apenas no começo e no começo tudo é cheio de incertezas). Vi que a forma que eu estudei não me deu a base das categorias fundamentais do direito. E o pior: adquiri um conhecimento que se perdia muito rápido. Ao tentar recuperá-lo na “cachola” não conseguia. A informação já estava no limbo.
É importante ressaltar que a prática forense foi muito importante para mim. Trabalhar diariamente com o direito dá uma visão diferente dos institutos aprendidos apenas na teoria (obs.: não fiz estágio porque já trabalhava na época da faculdade). É na prática que se sente a importância de ter um conhecimento consolidado para resolver os infinitos problemas jurídicos, alguns inéditos, outros já muito debatidos. Reputo trabalhar com o direito importante no início, porque, depois de já ter essa iniciação, consegue-se estudar bem sem que se precise estar atuando na área.
Depois desse “simancol”, comecei a pesquisar, pesquisar e pesquisar bibliografias, métodos de estudos, ler depoimentos de aprovados, ler livros de como passar em concursos, etc. Lendo depoimentos sempre via opiniões do tipo: cursinho é importante para quem ainda não tem base. Aí pensava: será que eu tenho base? Será que um cursinho vai me ajudar?
Nesses depoimentos, quando se fala em base, pense da seguinte forma: você já fez um cursinho? Se não fez, não tem base!!! É assim que penso hoje. Não tem como em curto tempo, entenda-se menos de um ano e meio, ter uma base consolidada sem fazer cursinho. Foi isso que percebi. Esse foi o tempo que estabeleci para minha preparação – não para ser aprovado, pois não tinha muita certeza disto, mas era um tempo que achava razoável para começar a disputar efetivamente uma vaga nesse tipo de concurso. Você deve estar se perguntando: conheço pessoas que não fizeram cursinho e passaram em concursos muito difíceis!!! Aí eu te digo: parabéns para essa pessoa. Não é fácil exclusivamente por livros atingir um nível de absorção e conhecimento satisfatórios para passar em concursos muito difíceis. E mais: quero que insista em perguntar a essa pessoa se jamais fez cursinho!!! É que muita gente já fez cursinho há muito tempo e hoje fica dizendo que não precisa; diz que só livros resolve. E muitas dessas pessoas que dizem isso só conseguiram, hoje, ter um nível de absorção satisfatório, valendo-se apenas de livros, graças, a meu sentir, às aulas do cursinho outrora assistidas. Eu sinto isso hoje. Sinto que não preciso mais fazer outro cursinho. Se o fizer, é algum curso que seja bem específico e bem aprofundado, a fim de atingir um nível de conhecimento que os livros, até o momento, não me proporcionaram.
É importante registrar que, quando falo em “nível de conhecimento que os livros não me proporcionaram”, falo porque às vezes no livro tem tudo que se precisa, mas se acaba não aprendendo efetivamente. Não se pode olvidar igualmente que tudo que estou a dizer é com o objetivo de maximizar o aprendizado e otimizar o tempo. É indiscutível que os livros são a fonte de aprendizado por excelência. Mais o que isso: só os livros nos emancipam, isto é, dá-nos os instrumentos para pensar sozinhos e mudar o mundo a nossa volta.
Os professores dos cursinhos são profissionais muito qualificados, que “mastigam” os assuntos mais cobrados em concursos para te dar de forma inteligível. Esse é o diferencial. Ensinam os assuntos de uma forma diferenciada. Além disso, o grau de absorção do conteúdo das aulas, pelo candidato, é muito maior do que lendo exclusivamente um livro. Esse nível de absorção só vai existir, é claro, se se revisar o material da aula. Não adianta só assistir as aulas. Daí que é imprescindível elaborar o seu próprio material com os resumos da aula. Ou se o cursinho te oferece um material, adapte-o ao seu jeito, fazendo anotações e tudo mais. Assim, terás um material para revisar, podendo sempre acrescentar algo. A importância de se familiarizar com um material próprio é grandiosa. Não sou um estudioso da mente humana, mas uma coisa eu sei: nossa mente é fotográfica e quanto mais nos dedicamos em um só material mais o memorizaremos.
Aí você deve estar se perguntado: e os livros não servem para nada? Respondo: os livros são importantíssimos. Mas irão servir ou como forma de aprofundar um assunto específico que se entenda relevante ou mesmo para aprender um assunto que só com as aulas não foi possível aprender bem. E só você para saber em qual tema é preciso valer-se dos livros. É preciso saber até que ponto as aulas foram suficientes. E mais: uma vez lendo os livros, se achar importante, faça anotações no seu resumo com base no que tem no livro, de modo a sistematizar os assuntos.
Essa é outra palavra fundamental: sistematizar. Quanto mais emaranhado estiver o conhecimento, mais fácil de se perder. É preciso sistematizar bem as regras aplicadas e as respectivas exceções bem como as exceções das exceções, não deixando “buracos epistemológicos”. Sistematizar é: colocar (alguma coisa) em ordem ou de acordo com um sistema. Logo, sempre que possível tente colocar as coisas em ordem no seu resumo e, principalmente, na sua mente. Para tanto, pode se valer de esquemas, mapas mentais, mnemônicos, etc.
Vou falar sobre outro método que não usei, mas que, pela minha experiência, também é um método excelente. E não utilizei porque é um método mais demorado, de modo que tem sua serventia atrelada ao tempo que se tem para estudar. Estou falando em fazer resumos de livros.
Isto é, para aqueles que não se adaptam a aulas de cursinho, acham chatas ou algo do tipo e têm muito tempo para estudar, sugiro, sinceramente, que faça um resumo de todo livro que ler. Por que digo isso? É que tão importante quanto ler um livro é revisá-lo. Se toda revisão que se fizer tiver que ler o livro todo de novo, você nunca completará um círculo de estudo e o conhecimento vai se esvaindo. Não adiante. Nós esquecemos das coisas! É normal! O diferencial é saber disso, que é tão óbvio, mas nós não nos damos conta. Logo, revisar é o segredo! E para revisar bem temos que ter resumos dos livros que já lemos. É nestes resumos que temos que nos dedicar, pois, como falei, nossa mente é fotográfica.
Atenção: para cada matéria, ter apenas um livro para estudo. Tenha o livro que mais se identifique. É impensável e contraproducente ter mais de um livro de cada matéria para estudar. Só se você tiver muito, mas muito tempo mesmo para estudar. É só pensar: eu aprendi tudo que eu li no livro? Claro que não! Quando fizer uma nova leitura, vai ver que ficou muito coisa que não lembrava. Então, tente aprender tudo desse livro, o que for diferente em outra doutrina consegue-se aprender com outro tipo de pesquisa. Isso não quer dizer que não possa ter mais de um livro para pesquisa. Não é isso. Quero dizer que se deve estudar bem apenas por um livro, para se familiarizar. Os outros livros podem servir de aprofundamento ou complemento. Eu mesmo em algumas matérias tenho mais de dois livros. Do início de 2014 para cá (início da minha preparação) sequer consegui ler um livro inteiro, quiçá dois. Então, foco em uma doutrina específica.
Indico livros concurseiros mesmo, tendo em vista que eles sempre são feitos expondo as doutrinas divergentes e complementando com o posicionamento dos tribunais superiores. Isso, para quem está estudando para concurso, é fantástico!
No fim desse depoimento, colocarei a bibliografia que usei, ou melhor, usei parcialmente rsrs (obs.: pretendo lê-los com mais dedicação, já que terei mais tempo porque concluí recentemente meu cursinho).
Tem gente também que, ao invés de resumir, grifa os livros para depois ler as partes grifadas como revisão. Não usei esse método, mas se você entender que está evoluindo com ele, continue. É como diz aquela velha frase: em time que está ganhando não se mexe!
Tudo que falei acima diz respeito ao aprendizado da doutrina. Acontece que hoje a jurisprudência tem papel fundamental na aplicação do direito. Não tem como estudar um instituto sem elucubrar a respeito do posicionamento dos tribunais a respeito do tema. Hoje, a influência do sistema da “cammon low” no direito brasileiro é inegável. Portanto, não só o concurseiro, mas o operador do direito como um todo tem que saber bem o entendimento dos tribunais superiores.
Para mim, o site “dizer o direito” têm relevância inquestionável na preparação para provas de concursos. Isso porque o site traz a jurisprudência do STF e do STJ já “mastigadas”, de modo que o grau de absorção é muito maior do que lendo apenas os informativos, sem, é claro, desprestigiar o grande trabalho das cortes superiores na sistematização dos informativos. Mas a forma que o site “dizer o direito” expõe os entendimentos das cortes ajuda demais no aprendizado e na sua respectiva mantença. Prefira ler as versões completas e não as resumidas. Estas só indico para revisão de véspera de prova (um mês antes).
Digo mais uma vez: é imprescindível acompanhar a jurisprudência e sistematizar o entendimento das cortes. Não tem como hoje passar em concurso sem saber da jurisprudência.
Faça resumo também da jurisprudência. É uma forma de ter uma fonte de consulta rápida e também ajuda na manutenção do conhecimento. Eu faço os resumos com base no site “dizer o direito”, transcrevendo as partes mais importantes.
A resolução de provas anteriores também é uma excelente forma de preparação para concurso, tendo em vista que permite ao candidato conhecer bem o estilo da banca, além de saber quais os assuntos mais cobrados, sobre os quais deve ter mais atenção.
O exaurimento do edital igualmente tem grande importância, porque faz com que nenhum assunto possa fugir do seu conhecimento. Confesso que não exauri o edital; não tinha tempo para isso!
DA CARGA HORÁRIA DE ESTUDO (DISCIPLINA)
Outra palavra fundamental do concurseiro é disciplina. É preciso ter horário para tudo. Tem que manter uma rotina; do contrário, não se estudará tudo que é preciso.
Como falei, comecei a fazer o cursinho depois que me dei conta de que precisava ter uma base melhor. E isso aconteceu em meados de janeiro do ano passado (2014).
Matriculado no curso online, fiz um uma tabela de horários de estudos, de segunda a sábado. Sabia que a batalha seria longa, motivo pelo qual deixei o domingo livre. Era uma forma de tomar um fôlego para a semana seguinte. O que importa é estar com a mente bem, senão não aprenderá. Já passei por experiências em que me inventei de estudar bem cedo (5h da manhã), e o resultado foi dos piores. É que estava com sono e não conseguia me concentrar. Perdi mais tempo tentando ficar acordado do que propriamente estudando. Prefiro dar um cochilo de 10 minutos do que passar uma hora tentando não dormir e sem nenhuma concentração (obs.: é dez minutos mesmo, não foi brincadeira!).
Às vezes, estudava no domingo também, mas sem aquela obrigação que tinha durante a semana. Sinto-me na necessidade de ter regras exequíveis para cumprir, senão não começo a estudar e fico desmotivado. Passei um bom tempo sem estudar por conta disso. Pensava: ah, hoje o dia já está terminando, vou deixar para amanhã, porque assim começo cedo! Ledo engano, nós nunca começaremos. O fato de ter regras a cumprir me deu ânimo para a batalha. É que, como tinha um horário a cumprir, depois disto podia fazer o que quisesse, na medida em que, neste dia, tinha respeitado meu cronograma. Ficava livre, por assim dizer!. Em verdade, é uma forma de recompensar a mente assim como a mãe faz com o filho: olhe, se se comportar bem, ganhará um doce; no meu caso: se cumprir sua meta, pode parar de estudar rsrs. Só mais uma observação: tudo que estou falando aconteceu comigo, mas outras pessoas encaram de outra forma a preparação. É muito peculiar isso. Só você mesmo para se autoavaliar.
É importante colocar um horário exequível. Não adiante colocar uma carga horário muito apertada para o seu horário livre, pois ficará difícil de cumpri-la. Aí se não cumpre, aquilo lhe deixa frustrado. Isso acontecia comigo. Estudar a longo prazo é um exercício diário de autodisciplina!
Eu deixava 5h de estudos líquidas por dia, poderia colocar mais, mas sabia que ficaria muito corrido para mim. Nessas cinco horas, assistia as aulas do meu curso anual e lia os resumos. Sexta e sábado normalmente deixava para fazer exercícios e ler jurisprudência.
É importante frisar que essa era minha meta, mas nem todo dia conseguia cumpri-la. Sempre colocava na tabela quantas horas líquidas fazia no dia. É uma forma de aferir se realmente estava cumprindo o programa de estudo.
É importante frisar que o meu curso era focado na Magistratura Federal e no Ministério Público Federal. Resolvi fazer este porque pensava assim: se não passar em outro concurso, pelo menos o conhecimento adquirido vai me servir no trabalho. Eu sinceramente não tinha certeza do porvir. É… meus amigos, vocês devem estar pensando: oxe, cadê a confiança? Aí eu lhes respondo: eu tinha mais vontade de cumprir minhas metas do que confiança de que iria alcançar meus objetivos! Achava que era algo muito distante para mim.
Quando saiu os concursos da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco e a Defensoria Pública da União, resolvi encaixar no meu cronograma de estudo outro cursinho. Neste o foco era resolução de questões objetivas e subjetivas, incluindo as peças jurídicas normalmente cobradas em concursos da defensoria. Reputo muito importante esse tipo de curso, porque as questões elaboradas são direcionadas à carreira, de modo que, mesmo sem querer, nós acabamos nos aprofundando nos assuntos mais exigidos no concurso, o que é muito importante.
Comecei a fazer esse curso, mas sem perder de mira que devia continuar meu programa de estudo com base nas aulas do cursinho regular, as quais, repito, eram dedicadas à Magistratura Federal e ao Ministério Público Federal. Eu tinha a seguinte visão: se eu focar inteiramente na defensoria, vou perder o cursinho e talvez nem passe na defensoria. Aí continuei no mesmo ritmo, mudando apenas o fato de ter esse novo cursinho para me dedicar.
Há muitas coisas para dizer, nesse ínterim, mas não as considero tão relevantes. Além do mais, esse depoimento já está bem grandinho, talvez já estejam até cansados de ler, se é que leram até aqui rsrs.
Pois bem. Com base em tudo isso, consegui lograr êxito nos concursos da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco e da Defensoria Pública da União.
As datas das provas dos dois concursos foram muito próximas, o que me fez ter quatro meses de muita agonia, na medida em que havia matérias que não eram exigidas em ambos os concursos, principalmente as matérias da Defensoria Pública da União, que são bem variadas.
A prova oral também foi um momento de muita angústia. É uma prova que o emocional conta muito, tanto durante a preparação quanto no momento da realização da prova.
Considero muito importante fazer um curso para prova oral, uma vez que simula as situações que o candidato vai enfrentar na hora da prova, além de familiarizá-lo com a forma de questionamento dos examinadores. Quanto menos se pratica mais se corre o risco de travar no momento da prova.
Para se ter uma ideia, na prova oral da DPE-PE, fui sem fazer qualquer curso voltado para prova oral. Não que não quisesse fazer, até queria, acontece que do resultado do concurso para a prova oral mediava apenas uma semana, daí, aferindo o custo-benefício do cursinho, preferi me aprimorar mais em algumas matérias nessa véspera de prova. Graças a Deus deu certo, mas depois fiquei pensando sobre uma banca que me dei muito mal. E fui muito mal porque não soube administrar a situação de não saber direito a resposta do questionamento. Fiquei indo e voltado nas respostas toda vez que era interpelado pelos examinadores.
Isso já não aconteceu na Defensoria da União, porque tinha treinado bastante, fiz curso para oral e já era mais experiente também. Todos esses fatores me ajudaram muito a ter tirado uma excelente nota na prova oral.
Bibliografia que eu uso. Não quer dizer que é a melhor. O importante é atentar para o que disse: tenha apenas um livro para cada matéria.
Direito administrativo: José dos Santos Carvalho Filho
Direito civil: Flávio Tartuce (sugiro também a coleção esquematizado, apesar de grande, é muito boa).
Direito empresarial: André Luiz Santa Cruz Ramos
Direito do consumidor: Leis Especiais para Concursos – editora Juspodivm
Direito processual civil: Daniel Assumpção (também tenho Fredie Didier – me permiti ter dois rsrs).
Direito tributário: Ricardo Alexandre
Direito penal: Cleber Masson e Crimes Federais de José Baltazar Jr (importante para quem foca em área federal).
Direito Processual Penal:Noberto Avena (coleção esquematizado)
Direito Penal Militar: só apostila (tenho o livro da coleção sinopses da juspodivm – considero um bom resumo, mas acabei não tendo tempo para estudá-lo).
Direito Processual Penal Militar: só apostila
Direito eleitoral: Coleção Sinopse da Juspodivm
Direito do trabalho:Renato Saraiva
Direito processual do trabalho:Renato Saraiva
Direito previdenciário e da assistência social:Ivan Kertzmam ou Frederico Amado
Direito constitucional:Pedro Lenza; para aprofundar, Gilmar Mendes.
Direito internacional: Paulo Henrique Gonçalves Portela
Direitos humanos: André de Carvalho Ramos.
Filosofia do direito, noções de sociologia jurídica e noções de ciência política: apostila (obs.: tenho o livro de Noções Humanísticas para Magistratura, mas nem tive tempo de ler).
É isso, pessoal.
Espero que esse depoimento possa ajudar de alguma forma vocês.
Forte abraço.
Elielson dos Santos Pereira
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